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20 de out. de 2021



Celebrado em 20 de outubro, o Dia do Poeta foi criado em razão do Movimento Poético Nacional, que surgiu na mesma data, em 1976, na casa do jornalista, romancista, advogado e pintor brasileiro Paulo Menotti Del Picchia.

Menotti Del Picchia foi um dos articuladores, ativistas e colaboradores da Semana de Arte Moderna, que ocorreu em São Paulo, entre 13 e 18 de fevereiro de 1922. Redator do Correio Paulistano, pôs a sua coluna à disposição dos interesses revolucionários de 22.

O autor abriu a segunda noite a mais importante e a mais tumultuada da Semana, com uma conferência em que era negada a filiação do grupo modernista ao futurismo de Marinetti, mas defendia a integração da poesia com os tempos modernos, a liberdade de criação e, ao mesmo tempo a criação de uma arte genuinamente brasileira.

Em 1924, Menotti criou, junto com Cassiano Ricardo, Plínio Salgado e Guilherme de Almeida, o Movimento Verde e Amarelo, como reação ao tipo de nacionalismo defendido por Oswald de Andrade.

Fontes: BN e E-Biografias

 

9 de abr. de 2021

Boqueirão, 62 anos: Cidade das Águas, Terra das Rimas e Letras

A ABES, em parceria com o Bistrô Pizzaria e Burgueria, está levando poesia para casa de todos os Boqueirãoenses através do Delivery do Bistrô. Em meio aos dias incertos causados por uma pandemia a cerca de um ano, um pouco de poesia não faz mal a ninguém.

São dez poetas que escreveram sobre temas variados. Nas embalagens, você vai encontrar textos de Aparecida Farias, Jane Luiz Gomes, Marilãndia Pereira, Magna Vanuza, Mirtes Waleska Sulpino, Kléber Brito, Maxwell Dantas e Antônio Travassos Sarinho, Priscila Custódio e Monaliza Ventura.

Para quem gostou da novidade, aproveita e marca o Instagram da Flibo e da ABES e, também, dos nossos poetas que merecem todo o nosso reconhecimento.


A leitura na margem de erro, Por Lau Siqueira, Escritor

Acervo Lau Siqueira

Recentemente o Instituto Pró-Livro provocou reações hilárias na dita sociedade leitora da Paraíba. João Pessoa foi apontada na última edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil como a capital brasileira que mais lê. Postei nas redes sociais o link da notícia e a reação foi imediata. O deboche foi grande. O fato foi tratado até mesmo como notícia falsa. Falsa, não. Fake, pois falsa é aquela pessoa que você pensava que conhecia. Todavia, o release se limitava a apresentar os dados da bendita pesquisa. Não me consta que as pessoas que duvidaram sejam negacionistas. Sobretudo porque fazem parte da estatística. Mesmo que não tenham sido alcançadas pelos pesquisadores. Mas não se apressem. Será que a capital da Paraíba está mesmo em primeiro lugar? Depende do ponto de vista. O instituto considera um amplo o conceito de leitura e afirma que 64% da população pessoense é considerada leitora. Por outro lado, Curitiba fica com 63%, Belém 61% e por aí vai. Portanto, para quem acha que a pesquisa é mesmo duvidosa solicito apenas que esqueçam o primeiro lugar. Estamos numa honrosa e generosa margem de erro.

Os índices de leitura no Brasil continuam frágeis. Especialmente na literatura. Como medir essa temperatura? Ora, temos analfabetos funcionais até mesmo nas universidades. Tu achas pouco? João Pessoa ou qualquer das capitais citadas entre as que mais leem estão longe de viver no paraíso do livro e da leitura. Mas não é possível negar que alguns avanços aconteceram. Especialmente nas últimas duas décadas. Ainda que esteja paralisado pela ação obscura do governo federal, temos um Plano Nacional do Livro e Leitura. Ou seja: uma régua e compasso para transformações profundas. Focos de resistência na defesa do livro e da leitura, nunca deixaram de existir mesmo nos rincões mais distantes. Cito como exemplo a pedagoga que coloca uma manta de rede na calçada, em São Bento, no Sertão da Paraíba, convidando os vizinhos para a leitura. ONGs como a Escola Viva Olho do Tempo contam com bibliotecas lindas espalhadas pelas periferias. É real a movimentação da feira de livros na FLIBO – Feira Literária de Boqueirão, cuja foto ilustra o texto. Concluo que em dez anos a FLIBO formou leitores. Vender livros no Cariri paraibano virou bom negócio. Existem movimentos naturais na sociedade. A História da Leitura no mundo é lenta. Apressadas, muitas vezes, são as conclusões acerca de algo tão delicado e complexo quanto esse tal Mundo Livro S/A.

AS FEIRAS LITERÁRIAS DA PARAÍBA, por Lau Siqueira, escritor

Já teve Salão do Livro na Paraíba. Já teve Bienal do Livro, também. Mas não se sustentaram. Apenas uma edição de cada. Foram produções basicamente governamentais e tiveram problemas. Grandes eventos, grandes problemas. Quem nunca? Mas todas as tentativas sempre são bem-vindas. Fica sempre a experiência e a certeza do caminho correto nas políticas públicas. O livro e a leitura têm impacto estruturante no desenvolvimento de uma cidade, um estado, um país. São ações estruturantes e motivadoras para a Educação. Aliás, investir em Educação significa, sobretudo, integrar as políticas educacionais no cotidiano da população. Existem outras, mas as feiras literárias são as grandes portas, as grandes travessias contra os conceitos de confinamento das cidades diante dos muros escolares. Se os ginásios são objeto de desejo, as bibliotecas escolares também podem ser.


A ABES - Associação Boqueirãoense de Escritores dá régua e compasso.

Em 2005 a FUNJOPE – Fundação Cultural de João Pessoa criou um departamento de literatura e em 2006 surgiu o Agosto das Letras. Um evento que trouxe para João Pessoa toda a cena literária contemporânea. Em 2011 foi transformada em Augusto das Letras e morreu sendo recuperada com outro formato pela FUNESC – Fundação Espaço Cultural. Eventos governamentais sempre possuem tempo determinado, entretanto. Aliás, isso me parece bem natural. É como se cumprissem mandato.

Mas fora do eixo as coisas andam melhor. Em 2009 um grupo de escritores e escritoras do Cariri decidiram quebrar esse paradigma. Em Boqueirão, Cidade das Águas, nasceu a I FLIBO – Feira Literária de Boqueirão. A Associação Boqueirãoense de Escritores dava um grande passo e se constituiria na maior referência paraibana em pouco tempo. Em 2019 tivemos a X FLIBO. Inspirada em Boqueirão, a simpática cidade de Barra de São Miguel também criou sua feira e a FLIBARRA hoje já é uma das mais importantes do Estado com um impacto importante na Educação e na Economia do município. De 2017 pra cá parece que houve uma explosão. As cidades, mesmo as menores, perceberam que poderiam realizar suas feiras literárias. Muitas vezes o trabalho de uma ou duas professoras em sala de aula eram o grande impulso.

O que é Literatura de Cordel?

A literatura de cordel é uma manifestação artística que combina vários elementos, como a escrita, a oralidade e a xilogravura. Essa expressão cultural brasileira é típica do nordeste do país, mais precisamente das regiões da Paraíba, Pernambuco, Pará, Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará. Esse tipo de literatura se utiliza de folhetos que são tradicionalmente vendidos em feiras populares.O cordel nordestino tem como marca a maneira irreverente e coloquial de contar as histórias. Ele utiliza a simplicidade e a linguagem regional, o que o torna uma expressão de fácil compreensão para a população em geral.

As narrativas normalmente contam histórias fantásticas de personagens regionais ou situações do cotidiano, trazendo lendas do folclore, temas políticos, sociais, religiosidade, temas profanos, entre outros.

Para conhecer um pouco mais, é só visitar Cultura Genial.

 

1 de abr. de 2021

Blog Reativado!

Após uma breve pausa nas postagens do nosso blog, vamos atualizar nossa página com informações referentes as ações promovidas pela ABES e pela FLIBO.

Nossas atividades não pararam de 2013 para cá, utilizamos outros canais de informações a exemplo do Facebook, Instagram e Youtube, para divulgarmos nossos projetos e nossos poetas.

A nossa intenção é retomar com postagens culturais e ainda textos dos autores da cidade de Boqueirão e região.

Sigamos!