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27 de fev. de 2012

Entrevista com Bráulio Tavares

Entrevista com o renomado escritor paraibano Braulio Tavares, na ocasião de sua participação no III Encontro de Literatura Contemporânea, realizado pelo Núcleo Literário Blecaute, que integrou as atividades do 21º Encontro da Nova Consciência em Campina Grande, PB, em 19 de fevereiro de 2012. A entrevista foi cedida ao escritor Maxwell F. Dantas, membro da ABES, Associação Boqueirãoense de Escritores.

Publicado em http://themcx.blogspot.com/

23 de fev. de 2012

Câmara aprova dia da leitura em Boqueirão, PB



Na reabertura dos trabalhos legislativos da Câmara de Boqueirão foi aprovado em primeiro turno o projeto de lei que institui O Dia Municipal da leitura. De autoria do Vereador Paulo da Mata, o projeto prevê que no dia 28 de fevereiro de cada ano, data da fundação da ABES, seja lembrado como um marco importante na difusão do livro e da literatura no município de Boqueirão.

Art. 1.º Fica instituído no calendário oficial do Município de Boqueirão “Dia Municipal da Leitura”, a ser comemorado, anualmente, no dia 28 (vinte e oito) de fevereiro, data da fundação da Associação Boqueirãoense de Escritores (ABES), associação marco no processo de difusão do livro, da leitura e da literatura no município."
Art. 2.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação,
Art. 3.º Revogadas as disposições em contrário.

Paulo da Mata Monteiro
Vereador - PT

Por um instante

Por Jane Luiz Gomes




Eu queria simplesmente um beijo teu,
Queria fechar os olhos e sentir teu corpo em pensamento,
Queria sentir o cheiro da tua pele,
Queria sentir na minha boca o sabor da tua boca,
Queria banhar-me com teu orgasmo,
Queria beijar o teu corpo suado,
Os teus seios, o teu sexo.
Queria beber tua saliva,
E embriagar-me.


Quero, quero, como eu quero!
Delirar.
Delirar de prazer!
Quero ver, quero sentir, quero viver!
Mesmo que seja por uma única vez,
Por um instante apenas.
Quero viver a magia de sentir teu corpo!
Porque tua alma, eu sinto e vivo a cada instante.



12 de fev. de 2012

Segredo

Por Malcy Negreiros

O som do vento...
São palavras,
As ondas do mar na quebrada da praia...
São palavras,
O barulho do fogo,
O cantarolar dos grilos,
O silêncio...
São palavras.

Palavras que
Eu escrevo,
Que tu escreves,
Que ele escreve,
Que todos nós e vós
Incluindo eles
Escrevem.

E assim, iluminam as mentes
Que mentem
E mantém os mistérios.
De quem falo...
Para quem escrevo...
Ouça as palavras que digo,
Feche os olhos para ler
E poderá decifrar.

10 de fev. de 2012

"Eu gosto de tudo um pouco"

Por Maxwell F. Dantas



Existem momentos nos quais é preciso ser "grosso". Esse é um deles.
"Eu gosto de tudo um pouco". Eu tenho a impressão de que quem gosta de tudo um pouco, não gosta muito de nada. Esta atitude parece ser fruto da preguiça de pensar ou do medo de se posicionar. Pensar não mata... pode cansar um pouco, mas matar, não mata! E a menos que seu posicionamento implique em risco de vida, se posicione (embora nem assim algumas pessoas deixem de se posicionar).
Vamos deixar esse negócio de gostar de tudo para quem já morreu, ou pra quem tem um programa de auditório em uma grande rede de televisão (é... porque com um salário desses, qualquer um sai gostando de tudo por aí...).
Odeie algumas coisas também, rapaz... de vez em quando é bom para a saúde. Dizem que não gostar de algumas coisas ajuda a queimar gorduras. Por outro lado, gostar demais, exageradamente, indiscriminadamente, não é das melhores escolhas. Principalmente, porque nos impede de detestar essa mesma coisa, caso seja necessário.
Num mundo onde gostar de tudo parece tão fácil, detestar um pouquinho pode ajudar a gostar com a luz acesa e os olhos abertos.


7 de fev. de 2012

NÃO POSSO FALAR? ESCREVO.

Texto do Professor Kléber Brito, 
publicado em http://cronicasdeprofessor.blogspot.com

Desconfie! Desconfie sempre! Principalmente se um dia você ouvir falar, ou vir um grupo de jovens (e/ou de adultos) - que há muito tinham suas vozes contidas, suas produções arquivadas, seus impulsos criativos lacerados pela falta de incentivo, pela falta de apoio - se revolverem e se impuserem como uma espécie de "câncer" bom (não encontrei termo melhor para exprimir a teimosia) e criarem "com dores de parto" uma espécie de núcleo cultural de tamanha efervescência e ousadia que nem a Paraíba havia ousado até três anos atrás.

Umas pessoas enxeridas que de "miúdas" se fizeram grandes, expandiram suas linhas demarcatórias e puseram no horizonte distante da literatura seu foco e seus sonhos e voilà: "Eis ai a 3º FLIBO!" Ou nas palavras de Toulouse Lautrec "Eis o belo vinho!".

Sei que alguns poderão dizer "Ele está falando isso porque faz parte desse núcleo.". E é justamente pelo motivo contrário que o faço: por não ser da ABES, hoje, posso sim falar sem estar "puxando a brasa" para o meu lado. Vejam só. Como estava o real incentivo à produção escrita e à leitura em Boqueirão, Paraíba? Como Boqueirão era vista lá fora, nas universidades? Como uma cidade que tem um açude? Que tem peixes?

Quanta diferença ser reconhecida como uma cidade cultural, ou uma cidade em que há o desabrochar da literatura no Cariri.

E tudo isso começou sem incentivo, sem sede própria (o que ainda não tem), sem um investimento substancial dos poderes públicos, com parcas doações, sem reconhecimento dos grandes produtores de cultura e literatura da Paraíba. E hoje, o que se tem a dizer? A ABES tem apoio? Muito pouco. Ainda são guerreiros que fazem de tudo, que "contam as moedas", sobretudo sonham e perseguem o sonho. A palavra é VITÓRIA. Consolidação das bases.

A FLIBO está aí, dando orgulho aos que sabem REALMENTE o que significa EDUCAÇÃO e CULTURA. Àqueles que mesmo forçados a calarem-se têm suas vozes reproduzidas pelas vozes líricas desses autores e autoras que investiram o pouco e colhem abundantemente.

Enfim, resumindo, rememoro as palavras do nosso Senhor “E dizia-lhes: na verdade, a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos...” (Mt 9.37). Parabéns a todos da ABES! E a vocês, queridos leitores, desconfiem sempre deles (destes notáveis expoentes da literatura boqueirãoense), pois eles podem te sequestrar e te levar para um mundo velho-novo, para o imponderável mundo da leitura.

4 de fev. de 2012

III ENCONTRO DE LITERATURA CONTEMPORÂNEA



III ENCONTRO DE LITERATURA CONTEMPORÂNEA
SAUDADES DO FUTURO: A FICÇÃO CIENTÍFICA NO BRASIL E NO MUNDO
Sábado, Dia 18/02/2012, no CEDUC II (Centro de Educação da UEPB), em Campina Grande, Paraíba.

09h00 – Palestra de Abertura: “A edição e tradução de Ficção Científica no Brasil” – com o escritor Braulio Tavares (PB) – Mediação: Bruno Gaudêncio.

10h30 – Bate-papo I- “Ficção científica: um gênero político?” – com o crítico literário Germano Silva (PE) e o filósofo Eustáquio Silva (PE) – Mediação: Janailson Macêdo Luiz.

14h00 – Bate-papo II – “Verdades científicas em ficções imaginadas” - com o escritor e físico Roberto Menezes da Silva (PB) e o cientista Tiago Massoni (PB) - Mediação: João Matias.

15h15 – Lançamento dos livros: Balelas, de Wander Shirukaya (Contos, Mutuus) e Despoemas, de Roberto Menezes (Contos, Atalho)

15h30 – Bate-papo III – “Realismo fantástico, RPG e a escrita de ficção científica” - com os escritores André de Sena (PE), Wander Shirukaya (PB) e Ricardo Kelmer (SP) - Mediação: Bruno Ribeiro.

16h45 – Lançamento dos livros: O Irresistível Charme da Insanidade, de Ricardo Kelmer (Romance - Editora Arte Paubrasil), Assinatura, de Beto Cardoso (Poesia, editora idéia),

17h00 – Palestra de Encerramento – "Narrativas de realismo fantástico, de ficção científica e de teor místico/macabro no conto brasileiro recente" – com o escritor e crítico literário Rinaldo de Fernandes (PB) – Mediação: Flaw Mendes.

18h15 – Relançamento dos livros: O Professor de Piano (Contos, 7letras) e O Perfume de Roberta (Contos, Garamound), de Rinaldo de Fernandes.

18h30 – Sorteio de livros
19h00 - Sarau do Caixa Baixa (Vitrola Bar)

Realização:
Núcleo Literário Blecaute/XXI Encontro da Nova Consciência.

A folha e a vida

por Maria Aparecida de Farias


Quando vejo uma folha saída da segurança do galho ou do tronco, sendo levada pelo vento para ser livre, quero imitá-la. Vejo que naquele instante ela, a folha, busca outros caminhos porque ali, já cumpriu a sua missão.
Sinto necessidade de ser assim! Quero ser assim. Porque acredito que a caminhada do ser humano aqui neste planeta deve se assemelhar a esta ação: sempre que sentir que está com a missão cumprida, precisa sair em busca de outras realizações, de outros caminhos, de outras venturas ou aventuras... Mas sempre fazer a vida acontecer.
Caso contrário, correrá o grande risco de se degenerar, morrer. Portanto, coragem! Mexa-se! Liberte-se desta inércia! Não tenha medo de ser semelhante a uma folha livre do tronco, até porque a liberdade da folha é um processo natural, a nossa também pode ser. Busque a liberdade e experimente como é bom viver!

1 de fev. de 2012

Pleonasmo



Por Mirtes Waleska Sulpino


"
Não quero as metáforas das tuas ações
Quero a verdade das tuas palavras
E a sensatez do teu olhar...



Entrega dos Certificados da Oficina de Fotografia com Ezequiel Oliveira

A Oficina de Fotografia ministrada por Ezequiel Oliveira teve como resultado a I Mostra Fotográfica "Cariri: Retalhos da Nossa Região" realizada no Mercado Público no último dia 28 de janeiro.

Aparecida Farias, Rosalva Normandia, Rute Rávila e Severino
Mirtes Waleska com os alunos da Oficina
Mirtes Waleska, Erasmo Rafael (Secretário de Cultura), Aparecida Farias, Rosalva, Rute e Severino

Versos Escuros

Por Magna Vanuza Araújo


Escrevo versos no escuro.
Para mim os versos escritos no escuro são encantamento.
Guardo sobre a cabeceira uma caneta e um caderno,
Na visibilidade da pouca luz que entra pela janela,
em linhas certas,
escrevo meus poemas
tOrToS.