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24 de mar. de 2023

Crônicas Felinas, de Maxwell F. Dantas

Arquivo Pessoal do autor

CRÔNICAS FELINAS - Apresentação

Primeiro, veio a Lua...

Depois, a Sol (isso mesmo: A Sol, no feminino)...

Então, em fevereiro, numa data que remetia à uma morte indelével (a da minha querida mãe), o nascimemto de Berry, Teddy, Mel e Manu, como uma intersecção do ciclo da vida, oriundos do ventre de Sol - filhotes nomeados pela minha filha Lizi.

Em seguida, Mel e Manu ganharam novos, e igualmente amorosos, lares.

Eu, Maxwell F. Dantas, oferecerei a todos que adoram os Felis Catus [nome científico dos nossos queridos gatinhos de estimação], aqui no Instagram, as CRÔNICAS FELINAS.

Irei descrever as peripécias diárias de Lua, Sol, Barry e Teddy, descrevendo as carismáticas e distintas personalidades destes adoráveis companheiros do meu dia a dia. E aproveitarei para abordar os mais variados temas (comportamento - felino e humano -, recortes do dia a dia, formas de ver o mundo, relações interpessoais, interfelinas, entre humanos e felinos, entre outros).

"Fofos", "ágeis", "divertidos", "atentos", "independentes" e, sim, "companheiros"... tudo isso já foi dito sobre os gatos e eu assino embaixo!

Andei até investindo em livros sobre gatos, assistindo documentários e observando-os com mais atenção... tudo isso para dar substância a estas crônicas que publicarei por aqui.

Espero que leiam. Se lerem e gostarem, tanto melhor. Se lerem, gostarem, curtirem e comentarem, eu sairei miando sobre os telhados da vizinhança...

LUA [quando nós é que somos os satélites]

Eu queria Acarajé... Lizi e Raquel preferiam Lua. E foi mesmo a Lua que (re)surgiu no nosso céu, pois foram 22 anos sem criar gatos; ficou uma mágoa quando Bidito me abandonou [mas isso é tema para outra crônica]. Agora, a estrela (ou satélite?) é Lua. Inclusive, no caso Desta Lua, não é ela que orbita ao nosso redor, mas sim o contrário.

Voltando à onomástica, Raquel (esposa) e Lizi (filha mais nova) venceram o processo de escolha do nome. Na verdade, para dar fim à questão, ficou: LUA ACARAJÉ MARINHO DANTAS.

Contudo, no fim das contas, quando a chamamos, dizemos "Lua... pchi uí uí uí... Ô, Lua... vem comer, Lua!...

Quando criança, e era ainda filha ... digo, gata única, Lua adorava brincar comigo《eu lançava uma bolinha de borracha em sua direção, numa trajetória crescente, e ela saía debaixo do sofá, numa arrancada digna de Ayrton Senna, e dava saltos ornamentais para pegar a bola, ou dava uma tapinha nela em pleno ar (nessa hora, a cena parecia ficar em câmera lenta - sensacional / ginástica olímpica felina).

Quando olho para Lua hoje, penso numa dama francesa do século XIX, numa intelectual abusada, na impulsividade dominada pelo estoicismo. Por exemplo: quando ela quer comer, nunca pede miando (igual aos outros três) ou chega muito perto de mim (como os outros três). Ela apenas para no umbral da cozinha e fica parada, em uma postura que parece ter saído de um livro de etiqueta [ como portar-se à mesa ]. Parece que ela sabe perfeitamente que eu sei o que ela quer. E quando rarissimamente mia nessa ocasião, o faz bem baixinho e parece até estar dizendo "eu não quero incomodar, mas você poderia colocar um pouco de ração para mim ? Ah... misturada com sachê de frango ao molho, s'il vous plaît". 

Curiosamente, Lua veio da rua (uma moça a acolheu para doação). Felizmente, nós chegamos primeiro.

À tarde, Lua vem deitar-se ao nosso lado na cama. "Mas lembrem-se: não venham mexer em mim. Eu estou aqui para dormir, assim como vocês". rsrs. Começa enroscada, termina espalhada (e às vezes dando a língua).

Quando não aguento apenas contemplar a fofura e faço cafuné, ela vai dormir no alto da estante dos livros.

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